Embora não tenham estado na mesma turma, fizeram ambos o curso na Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada do Porto e cruzaram-se com professores que ainda hoje são referências que gostam de nomear.

Rui Dinis desistiu de ser engenheiro quando viu os colegas enveredar pela arquitetura, na verdade, não eram os números e a matemática que o fascinavam, era o desenho. 

No caso de Henrique Marques, o entusiasmo pela profissão chegou em criança, quando uma professora, cujo marido era desenhador, partilhou um dia numa aula os instrumentos do seu trabalho. Todos aqueles artefactos que se dobravam e faziam formas deixaram-no com um brilho de curiosidade nos olhos. 

Neste episódio de Arquitetando o Futuro vamos conhecer estes dois arquitetos - fundadores do atelier Spaceworkers, que venceu o prémio Building of the Year Award em 2015, com a Casa de Sambade; e o Prémio Obra do Ano em 2020, com o Centro de Interpretação da Rota do Românico - e compreender mais uma abordagem da arquitetura contemporânea portuguesa. Rui Dinis e Henrique Marques explicam como procuram “incutir nos seus trabalhos um cunho de inovação e emoção sensorial, apelando à sensibilidade dos seus clientes para uma nova forma de encarar e perceber o espaço, enquanto instrumento de comunicação, ordenamento e de interação com os sentimentos do público”. Com uma grande preocupação com o detalhe e com os materiais, os dois arquitetos contam que apesar de existir uma aparente simplicidade nos seus projetos estes envolvem sempre uma complexidade técnica que os diferencia. E destacam o papel da arquitetura na construção de um futuro alicerçado no equilíbrio entre a sustentabilidade ambiental e social. 

Um episódio para ver no Brands Channel.